sábado, 4 de setembro de 2010

Como a juventude de hoje se comunica para a mudança social?


 Esse foi o questionamento que baseou a conferência de abertura do XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom 2010 por Thomas Tufte, da Universidade Roskilde da Dinamarca. Sob o tema Juventude, Comunicação e Mudança Social – Negociação, Navegação e Narração da Vida de Jovens em uma Sociedade Glocal, o palestrante disse que a mídia cidadã não é uma mídia dominante nem alternativa, mas uma mídia que abre-se para o cidadão dar a sua opinião.

Juventude e Comunicação

 Tufte explicou que os jovens de hoje gostam de interatividade, estão sempre ligados em vários meios de informação ao mesmo tempo. No entanto, existe uma carência de exploração empírica mais profunda sobre o assunto. "Maior parte dos jovens carece de perspectivas transdisciplinares na área." Para exemplificar melhor o que disse, o palestrante mostrou uma pesquisa feita por ele com a juventude da Tanzânia. Um lugar que sofreu mudanças no desenvolvimento demográfico desde a década de 40 e que hoje possui uma sociedade civil emergente. Trata-se do envolvimento desses jovens com o Bongo Flava, um estilo de música que se assemelha ao Hip Hop brasileiro, com letras que retratam a realidade local, fazem um contradiscurso sobre a juventude marginalizada e lança propostas de identidade para a juventude fazendo articulações de novas subjetividades em um mundo de mudanças rápidas. "Os jovens experimentam mudanças na sociedade em um grau sem precedentes. Agentes sociais relativamente novos têm um papel crescente na sociedade como consumidor de produtos culturais, atores midiáticos e também protagonistas nos processos de mudanças sociais", explica.

Fotos: Flora Simon da Silva

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